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Retornando à velha casa…

27/07/2016

Como eu disse no último post, há algum tempo, era apenas um até breve. Então, retomando as atividades do blog, vamos iniciar com um post sobre torcida.

Não passarão!

Nos últimos tempos algumas torcidas organizadas resolveram se manifestar politicamente nas arquibancadas. Ressalte-se que algumas delas já o faziam no passado, mas do que falamos aqui é dos protestos recentes nos estádios e em manifestações de rua.

Falamos dos protestos das torcidas contra o roubo da verba da merenda em São Paulo – o acusado foi promotor antes de ser político e era perseguidor, um verdadeiro algoz das organizadas, inclusive propondo e levando a cabo o fechamento de algumas delas. Trata-se de críticas e protestos pela forma como o futebol brasileiro foi, e é, entregue e controlado pela Rede Globo – sim, a rede de televisão que paga pelo campeonato faz o que quer com transmissão, horário e dia de jogos. A última da Rede Globo é uma rodada de segunda-feira que mais se parece com um quadro do programa de debates do canal fechado da emissora. O jogo em si é um detalhe. Enfim, as torcidas resolveram se manifestar politicamente e cobrar as autoridades. Resolveram se manifestar por melhorias no futebol brasileiro e no Brasil.

Torcidas organizadas são compostas em sua maioria por gente pobre, de periferia, negros, trabalhadores, jovens. São jovens que se agrupam por identificação a um clube de futebol, mas que buscam ali o seu igual, o que lhes foi negado na sociedade, a saber, um espaço de pertencimento. Por esse grupo matam e morrem (figurado e literalmente).

Dessa forma, esses agrupamentos juvenis são – e deveriam assim ser enxergados e tratados – movimentos de caráter social, que acolhem esses jovens pobres e de periferia. Esses, inclusive, realizam diversas ações de cunho social, na periferia, para os seus iguais de classe (independente do time que torcem).

Cabe ressaltar que depois que as torcidas resolveram se manifestar contra o status quo, a reação do poder constituído foi imediata. Em São Paulo, a repressão a esses agrupamentos recrudesceu, e a Polícia Militar, historicamente violenta contra esses grupos, e em geral, sempre agindo de forma desproporcional, resolveu reprimir os torcedores antes, durante e após os jogos. Tudo sob o comando e os “olhos moucos” do Ministério público e do promotor Paulo Castilho.

O Ministério Público resolveu instituir, inclusive, os clássicos com torcida única, sob o argumento de que a violência diminuiria. Não se deram nem ao trabalho de olhar para a vizinha Argentina que tomou a mesma medida e não resolveu o problema. Paulo Castilho, em recente “debate” sobre o tema, de forma autoritária e sem apresentar dados e fatos para embasar sua avaliação, disse que a medida é um sucesso e que agora o próximo passo é livrar o entorno dos estádios (o entorno do Palestra Itália, segundo ele, é “terra de ninguém”) dos torcedores. Esses, os excluídos das Arenas da Copa, agora serão, segundo a vontade do promotor, expulsos também das ruas.

O que o Ministério Público, parte da imprensa e de significativa parcela da população não enxerga, é que movimentos sociais têm as suas demandas, sua forma da organização, de atuação, se organizam de forma legítima e, inclusive, tem a garantia constitucional para funcionar.

Respeitar suas reivindicações, entender o contexto social no qual estão inseridos, dialogar, negociar com esses grupos é a forma mais eficaz de enfrentar o problema da violência – claro que se houver realmente a vontade de resolver o problema e não apenas apelar para ações pirotécnicas visando dar uma resposta fácil para a sociedade.

São Paulo, infelizmente, resolveu optar pelo caminho mais fácil: a repressão policial. Aqui se combate violência com violência. A polícia, com o apoio do MP, despeja bombas, gás de pimenta, e “baixa o porrete” (e a repressão é ‘democrática’, pois daí apanham organizados e não organizados) em quem estiver em sua frente, para na semana seguinte inventar uma nova teoria. A do momento é a cobrança de “pedágio” de ambulantes por parte dos organizados. A mídia, é claro, encampa o discurso repressor e excludente. O ciclo recomeça, a repressão aumenta, e o diálogo segue inexistente.

A violência? Ela existe, é claro. Não se nega isso. Porém, ela está em nosso dia-a-dia, em nossa sociedade, e está – inclusive – na PM, que é organizada para reprimir a população pobre, de periferia, negros, trabalhadores, jovens, movimentos sociais e torcidas organizadas. Não é com violência que se combate violência. Está no hora de testarmos a fórmula do diálogo, de ouvir o que esses jovens têm a dizer.

De qualquer forma uma coisa precisa ficar clara: haverá resistência contra a repressão, a falta de diálogo e essa política higienista e excludente. Não passarão.

Alô diretoria!

01/04/2013

Na linha de dar voz aos jovens Palestrinos eis mais um deles. Hoje é o Felipe Duchene manda seu recado à diretoria.

Diretoria,

Eu e todos os torcedores estamos cansado de ver o time como está, precisamos de novos jogadores com mais técnica e vontade!

A Sociedade Esportiva Palmeiras é um clube muito grande, com muita tradição, história, glórias e títulos para estar vivenciado a situação atual!

Nossa torcida, acostumada a festejar com títulos e grandes vitórias, atualmente está chorando com placares adversos como foi a goleada que sofremos do Mirassol e com partidas sofridas e ruins!

PRECISAMOS de jogadores que representam o Palmeiras dentro de campo, mostrando vontade, dedicação e que honrem a camisa com orgulho e com títulos!

Palavra das crianças I

28/03/2013

Mais um texto de um Palmeirense, esse também com treze anos, 13.  Agora o Guilherme Duchene dará o seu depoimento sobre esse momento.

O que dizer da derrota do Palmeiras para o Mirassol por 6×2?

Bom, não tenho nem palavras pra fala sobre a derrota do Palmeiras, mas vou tentar.

Com a grandeza que tem o Palmeiras, com mais de 15 milhões de torcedores, não pode tomar uma goleada assim, do jeito que foi, para o time que nem na serie B do brasileiro está.

Em 13 anos que estou vivo vi o Palmeiras ganhar um paulista e uma copa do Brasil, mais nada. O resto foi só zuacão de amigos bambis, gambá etc.

E as contratações? Ainda não vi nenhuma boa. E o que dizer da troca do Barcos por uns caras sem futuro nenhum no futebol?

E o que dizer do Paulo Nobre que enquanto o Palmeiras tava perdendo pro Mirassol estava em Londres tirando fotos com jogares?

Pra fala mal da torcida organizada ele fala no dia, na hora, mas na hora de falar do time ele não fala.

E o Valdívia que está a 100 jogos fora, o Paulo nada fala, enquanto o Palmeiras ta jogando ele se diz “machucado” e fica indo pras baladas e enchendo a cara.

Com sua grandeza o Palmeiras que estava acostumado a nos dar alegrias, nos últimos anos não está dando nenhuma QUEREMOS JOGADOR QUE HOERREM A CAMISA!!!

 

Resgatemos o Palmeiras, não para a gente, mas pelo menos para os meninos(as).

Palavra das crianças

28/03/2013

Eis o desabafo de uma criança, de um menino Palmeirense de treze (13) anos. Ou cuidamos do Palmeiras ou perderemos essas crianças:

Não sei o que acontece. Gente, perdemos de 6 X 2 do Mirassol, pelo amor de Deus, isso jamais deveria ocorrer na nossa história. Agora isso só vai ser mais um motivo de zoação para nós e vai ser uma mancha enorme na história do Palmeiras.

Realmente vocês devem tomar uma atitude. Tenho 13 anos e gostaria de ver um dia pelo menos um time como vocês viram de 92 a 99. Mas, hoje sei e tenho plena consciência de que vai demorar muitos e muitos anos para o Palmeiras voltar a vencer como era em 93, 94 e etc…

Tá ai o que eu penso.

Palmeiras o nosso sentimento nunca irá se acabar.

(Bruno Borghese)

Não preciso dizer mais nada.

O pesadelo do “ano que vem”!

18/03/2013
Por: Vinicius Borghese (@viniborghese)
Recuso-me a escrever qualquer coisa sobre o jogo, o time ou o treinador. Apenas lembrar que cobraram R$ 80 o ingresso para a torcida visitante em um dos piores estádios que existe e nossa Diretoria nada fez a respeito… segue o jogo…O que me motiva a escrever são 15 milhões de torcedores da SEP.

Somos poucos os envolvidos no clube politicamente ou que tem contatos para saber a REAL situação financeira do clube, os demais torcedores buscam informações na imprensa em geral. O que se lê é o mesmo conteúdo em palavras diferente:

A SEP NAO TEM DINHEIRO, vamos conter despesas, montar um time dentro das possibilidades e no ano seguinte… aliás este termo “ano seguinte” é o pesadelo de todo Palestrino. É a certeza de que mais um ano irá passar e nada vai acontecer.

Assistimos calado ás primeiras decisões da Diretoria, demissões, empréstimo de jogadores e a venda do ex-camisa 9. A venda do ex-9, seria um ótimo negocio desde que fosse concluído como o prometido, vai ele, vem cinco, caso o 5º não venha uma bela quantia em dinheiro e parte do passe do ex-9… não veio outro 9, nem dinheiro e não se fala mais no assunto. O resultado assistimos ontem, o ZAGUEIRO cobrando pênalti.

A política do “bom e barato” parece só funcionar para o Palmeiras, vemos clubes falidos contratarem jogadores de nível e a SEP sempre no “ano seguinte…”.

Quem vive o dia a dia do clube pode até entender e assimilar atitudes e contratações, mas somos muito maiores que isso, somos 15 milhões que não ligam para a dívida, para a obra, para o déficit do tênis, basquete ou qualquer outro esporte amador.

Somos 15 milhões que queremos um time descente, atitudes descentes, e o RESPEITO de volta!

RESPEITO com o torcedor que comparece todo jogo, organizado ou não, sendo o jogo em casa ou não. O TORCEDOR é seu MAIOR PATRIMONIO, não crie mais brigas ou intrigas:

COLOQUE UM TIME Á ALTURA DA SEP EM CAMPO!

A ficha da serie B ainda não caiu, não saiu à tabela, estamos disputando todos os campeonatos, quando só nos restar este time medíocre e a serie B… ah é verdade….”ano seguinte….”.

Nostra Forza!

O futebol dos gerentes

01/03/2013

Esse é um dos textos que eu gostaria de ter escrito em minha vida. Por isso o reproduzo aqui, é exatamente disso que se trata.

 

O Futebol dos Gerentes – por: Leandro Begoci (via: VIP)

O Maracanã morreu. O Mineirão também. O Palestra Itália já não está mais entre nós. Até o imortal Olímpico nos deixou numa tarde ensolarada de domingo. Aliás, para falar a verdade, eu mesmo não estou me sentindo muito bem… Os últimos meses têm levantado um cheiro suave de coroa de flores e, sabe como é, sou altamente influenciado por esse clima de velório. Quando morre uma parte do futebol, uma parte (grande) de mim também se vai.

Alguns desses estádios vão ser inaugurados com os mesmos nomes, é verdade. Outros vão se chamar arena mais o nome do time ou do antigo estádio. Provavelmente vão ser inaugurados por CEOs (o novo nome do velho cartola) que vão fazer de tudo para convencer os stakeholders (acostume-se: esse será o novo nome do velho torcedor) de que, afinal, o espírito do estádio foi apenas transposto para uma nova estrutura.

Mas, da mesma forma que você não ressuscita o seu avô quando coloca o nome dele no seu filho, manter o velho nome em um novo estádio é apenas uma homenagem. Bonita, é verdade. Bonita e inútil.

O que tem acontecido nos estádios, sob o pretexto da Copa do Mundo, é apenas a última parada de um caminho longo. O futebol, no Brasil, não é apenas um esporte. Já seria bastante, aliás, se fosse apenas um esporte imensamente popular. O futebol, nesta parte da América do Sul, é uma manifestação cultural poderosa, tão intensamente ligada à identidade do Brasil quanto a língua portuguesa. É pelo futebol que organizamos nosso tempo, nossas relações familiares e, em muitos casos, julgamos o caráter de outra pessoa.

É diferente dos Estados Unidos, por exemplo, onde os times se chamam franquias e mudam de cidade ou de cores como uma rede de lanchonete. Também é diferente do vôlei jogado no Brasil, onde os times têm nomes de empresas. Nos dois casos, a única ligação passional entre o time e o torcedor é o lugar onde os dois estão. O futebol transcende a localização. Um gremista, ao se mudar para o Recife, não passa a torcer para o Sport.

Isso acontece porque o futebol disseminou por toda a sociedade o estilo de vida dos trabalhadores das fábricas, que se espalhavam por amplas áreas das maiores cidades do país. Ir a um estádio de futebol, alguns anos atrás, era uma experiência semelhante a começar o dia em uma indústria. A comida na porta, as longas filas para entrar, a simplicidade do concreto armado, o desconforto das arquibancadas, o companheirismo de quem compartilha o mesmo destino difícil e suado.

À medida que o país mudou, o futebol também se transformou. Agora, quem vai aos estádios são as pessoas que trabalham em escritórios com ar condicionado, janelas amplas, em áreas próximas a shopping centers e usam palavras em inglês, mesmo com um belo similar em português – espero, aliás, que partida nunca seja chamada de “match” por aqui. Essas pessoas, filhas dos trabalhadores que frequentavam os estádios, agora querem que as arenas sejam mais parecidas com o mundo em que elas vivem. Com a Copa do Mundo, isso foi possível. É o fim do churrasquinho. É o começo do espaço gourmet.

Esse processo não aconteceu apenas no Brasil. A Inglaterra passou por isso na década anterior. A partir da experiência inglesa, é possível concluir que não são apenas os estádios que mudaram, mas a própria forma de amar o time. O torcedor que frequenta essas novas arenas dificilmente vai arrumar confusões violentas ou arremessar objetos no gramado. Esse novo torcedor quer conforto e segurança. Por outro lado, a relação dele com o time é muito mais de consumidor do que de amante. Ele fica decepcionado com o resultado como fica triste quando compra um carro novo que começa a dar defeito. Tem vontade de reclamar para o SAC do departamento de futebol. Ele não está preocupado apenas com quem fez o gol mais bonito ou qual time tem mais craques, mas quem tem o melhor departamento de marketing e quem lidera o ranking de venda de camisas. Talvez, no futuro, esteja disposto a gritar o nome do time mais o nome do patrocinador.

Não é uma questão de julgar, agora, se essas mudanças são boas ou ruins. O fato é que o futebol brasileiro morreu. E outro está começando a nascer em seu lugar. As arenas são apenas a forma em concreto e vidro que materializam essa mudança. Resta saber o quanto de paixão vai restar neste futebol dos naming rights.

Três pontos

Beatles e o Liverpool
Um dos momentos mais emocionantes do futebol inglês aconteceu em 1964, num Liverpool x Arsenal. O estádio, cheio muito além da capacidade, começou a cantar She Loves You, um dos maiores sucessos dos Beatles.

Heysel Stadium
Por outro lado, o Liverpool foi protagonista do desastre no Heysel Stadium, na Bélgica. Em 1985, na final da Champions League, contra a Juventus, 39 pessoas morreram e cerca de 600 ficaram feridas numa briga que traumatizou uma geração de torcedores.

Racismo
Os novos estádios ingleses são mais modernos, limpos e confortáveis. Sempre cheios, especialmente com pessoas das classes média e alta. Supostamente, mais educadas e tolerantes. Mas os casos de racismo na Premier League são comuns, ano após ano. A casa nova não acaba com todos os problemas, afinal.

 

Até o fim

20/11/2012

Coluna do amigo Palestrino (ou seria Palestrino amigo?) Adriano PESSINI no Jornal Agora de hoje (20/11/2012)…

Até o fim

Sei que não tenho a sabedoria, a experiência e a importância de muitos jornalistas, alguns os quais admiro, mas tenho liberdade para discordar de vossas opiniões.

Para mim, a primeira paixão de um garoto (e de muitas garotas), se não for a única, a verdadeira, pelo resto de toda a sua vida, é o seu time de futebol. É incondicional, é inexplicável, é imutável.

E, como em todo o tipo de relacionamento, há altos e baixos. Há épocas em que essa cumplicidade é a coisa mais linda do mundo e você não a trocaria por nada.

Em outras ocasiões, nada dá certo, você fica com raiva, briga, xinga, até dá uma olhadela na outra que passa ao lado, que pode ser mais bonita, com quem você se orgulharia de passear de braços dados no shopping , mas não é a sua paixão.

A sua paixão está lá todos os dias, por mais que você não queira, por mais que te faça sofrer, por mais que te faça sorrir, por mais que te apresente amigos eternos, por mais que te se separe de pessoas que um dia quiseram influir neste sentimento.

Como tudo na vida, essa paixão pode envelhecer, perder a ingenuidade juvenil de outros tempos, exigir uma maior tolerância de ambas as partes, mas ainda será paixão.

Ela pode ser de quinta categoria ou estar na segunda divisão, mas será sua paixão. Porque paixão não tem divisão. Porque quem torce é um eterno apaixonado. E isso não se escolhe: ou se é um torcedor ou não. Até o fim.

***

Seguindo a dica do parceiro Luiz Romani, segue um trecho do filme “O Segredo dos teus Olhos”.

“Não percebe, Benjamín? Uma pessoa pode mudar tudo: de rosto, de casa, de família, de namorada, de religião, de Deus… Mais há uma coisa que não se pode mudar, Benjamín… Não se pode mudar… De paixão.”

Republicando: Não vivo de vitórias, vivo o Palmeiras

19/11/2012

Um dia publiquei isso. Resume bem o que penso sobre ser Palmeirense para mim…

Me perguntaram porque irei ao jogo hoje. Acho que isso responde a pergunta…

Me reconheço como Palmeirense desde sempre, mas foi com aproximadamente 10 anos de idade que comecei a viver a Palestrinidade em sua plenitude. Como tenho 45 anos, descontados os dez primeiros de minha vida, então, são 35 anos acompanhando diuturnamente o Palmeiras.

Considerando que nasci em 1966 tinha 10 anos exatamente no último título antes da fila: 1976. Depois disso, somente fui ver o Palmeiras ganhar algo em 1993, ou seja, dezesseis anos depois; tinha eu 27 anos de idade.

Arquibancada, apenas a partir dos 23 anos de idade, quando vim morar em São Paulo, antes uma ou duas vezes por ano, em Bauru, Araraquara ou Jaú. Depois dessa fase afortunadamente o Palmeiras passa por um ciclo virtuoso: 94 (28 anos), 96 (30 anos), 98 (32 anos), 2000 (34 anos).

Em 2002 o desastre e a volta em 2003, em 2008 o último título importante.

Como percebem, em quarenta e cinco anos de vida, somente vi uma fase de glórias do Palmeiras, a da década de 90, entre os meus 25 a 35 anos, digamos. São apenas 10 anos de vitórias tendo muito boa vontade.

O que quero dizer é que não vivo de vitórias, vivo o Palmeiras. Claro que gosto de ser campeão; afinal, esse é o objetivo do jogo.

Aos que me perguntam por que estarei no estádio hoje, aí está a resposta…

Torço para um time, uma camisa, não apenas por vitórias, por times vitoriosos.

Força Palestra!!!

É campeão!

12/07/2012

Fala muito

Vez por outra surge em nosso caminho, fruto de anos em que nossas diretorias – todas elas – insistem em prejudicar o Palmeiras, um e/ou outro minúsculo do futebol brasileiro que quer se comparar com o glorioso e gigante Palmeiras.

Anteontem foi o Sport e seu Hellcife; até ontem o Coritiba e seu Green Hell e o tal 6 x 0 para sempre. Ambos foram colocados em seus devidos lugares pelo Palmeiras e pelo futebol.

O Sport eliminamos da Libertadores; o Coritiba, fomos até a casa deles tomar o que era nosso de direito, a saber: o título da Copa do Brasil de 2012, aliás – só para a torcida do Coritiba se dar conta – o décimo título (corrigindo: décimo primeiro) nacional de expressão do Palmeiras, o que nos torna dentre todas as equipes brasileiras a mais vencedora.

Sofreremos outros vexames frente a outros minúsculos do futebol brasileiro, faz parte do processo, porém, e isso todos tem que saber, a diferença é que os minúsculos têm seu brilhareco e voltam para o ostracismo, o Palmeiras – o gigante – sempre bota as coisas no seu devido lugar, os grandes são assim, isso é uma lei imutável do futebol.

Poxa, mas porque o Ademir escreve isso em dia onde deveria comemorar e esquecer os adversários? Me explico. Andei lendo declaração de ‘torcedores’ do Coritiba desmerecendo o Palmeiras, o time do Palmeiras e a história do Palmeiras. Sei que a maioria da torcida Coxa Branca não pensava assim e sabia das dificuldades e da quase impossibilidade de nos derrotar, mas uma minoria, aquela que trata futebol como entretenimento, como diversão – os oportunistas – falaram muito, para esses um enorme chupa.

Inesquecível

Estive no jogo semifinal em Porto Alegree ontem na finalem Curitiba. Sãomuitos amigos de arquibancada que gostaria de citar nesse momento, mas poderia esquecer alguém e cometer injustiças, então, fica aqui meu agradecimento por me permitirem dividir a arquibancada com vocês, o que é um imenso prazer e um aprendizado sobre entrega, paixão e Palestrinidade.

Esse título nunca me sairá da memória. O que ele tem de especial, o que o diferencia dos outros? É que esse foi um título ganho apesar da diretoria. Elenco e comissão técnica se uniram para trazê-lo para o Palestra, a torcida abraçou a causa. Dessa forma o que o diferencia é isso: esse título é do time e da torcida, e de mais ninguém.

Então, torcedor Palestrino, comemorem, mas saibam que esse título nos coloca diante de uma tarefa das mais gigantes, aquela que os meninos não conseguiram cumprir, a saber: derrotar e eliminar nosso maior rival na libertadores do ano que vem. Ano que vem teremos Derby na Libertadores, e quando estamos diante disso crescemos e eles tremem.

Parabéns pelo título gigante, Forza Palestra, Avanti Palmeiras!

Concentração

10/07/2012

Não estranhem meu silêncio, ele se deve ao momento que é dos mais importantes.

Futebol não é entretenimento, diversão; futebol é guerra, e antes das batalhas o silêncio é o melhor conselheiro.

Pra cima deles Verdão, forza Palestra, todo dia eu sou campeão.

Na quinta nos falamos.