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Gorgonzola e afins…

22/08/2011

Coluna do jornalista e Palestrino Adriano Pessini para o Jornal Agora (20/08/2011).

Gorgonzola e afins…

Ratazana, segundo o Houaiss, pode ser a definição de um roedor, espalhado mundialmente e associado à presença do homem. Ou o sinônimo de um pessoa ladra.

Pois foi esse o termo que Roberto Frizzo, vice-presidente alviverde, utilizou em comunicado oficial do clube para definir seus parceiros. “Tratam-se de cinco ou seis ratazanas do esgoto, que insistem em querer tumultuar o ambiente do Palmeiras”, foi a frase.

No entanto, o que mais me espanta é que Frizzo sabe quem são essas pessoas _como muitos dentro do clube também_ só que não faz absolutamente nada para combatê-las, tem medo de dar nome aos ratos. O presidente Arnaldo Tirone segue a mesma linha.

No começo de julho, por exemplo, o conselheiro Gilto Avallone deu uma entrevista ao Globoesporte.com na qual dizia: “O Tirone é outro sem caráter”. Questionado por mim sobre qual medida tomaria contra tal afronta, a resposta do dirigente foi: “Nos conhecemos há 50 anos, eu o conheço bem, deixa para lá…”.

Ou seja, o presidente do clube com a quarta maior torcida do Brasil resolveu deixar para lá. Assim como a proposta de eleições diretas foi deixada para lá, tanto como a sindicância contra o próprio Avallone foi deixada para lá… Na verdade, é o Palmeiras que está sendo deixado para lá há muito tempo por causa de egos, grupinhos e pela eterna sede de poder.

E a oposição? Os medalhões de outrora se calam, como se estivessem esperando o barco afundar de vez apenas para ver para onde os ratos correriam.

Desse jeito, não vai ter queijo para todo mundo.

“Nada me tira do Palmeiras.” Essa frase dita por Felipão é um alívio para os torcedores. Já quando é dita por alguns conselheiros…

Aqui é Palmeiras, aqui é Palestra!!!

30/04/2011

Faz uma semana, desde que as semifinais do Paulistão se decidiram, que a CHORADEIRA para que o Derby (mando do Palmeiras) seja no Morumbi se instalou.

A imprensa, uníssona, conclamou que os ‘de bom coração’ pensassem no torcedor – em sua comodidade, no espetáculo (coisa que nunca fazem).

O fato é que há algum tempo que o Palmeiras decidiu não jogar mais lá. Se por fatores históricos, por motivação financeira, por falta de comodidade para o torcedor verde, ou ainda, em uma aliança com o maior rival, o fato é que isso vem ocorrendo, como já disse, faz algum tempo.

O que soa estranho é que na primeira oportunidade (ou seria oportunismo?), no primeiro Derby com mando do Palmeiras, venha essa campanha massacrante, com articulistas, colunistas, jornalistas e afins, açoitar – mais uma vez – nossa história.

Hoje, um imbecil, escreve no portal da ESPN que estamos sendo dominados pelo presidente do Corinthians. Que o presidente do Corinthians alugou o Palmeiras…

Fora o fato de subir o sangue italiano até a garganta, sangue calabrês, o que é pior, a razão, depois de mais de 20 anos de estudos, alguns deles dedicados a estudar justamente o futebol, me fazem querer escrever, ao invés de assassiná-lo…

Quero lembrar esse boquirroto que esse time resistiu a uma campanha mais massacrante que essa. Trocou de nome, de símbolo, teve que defender seu patrimônio para não ser aniquilado, mas sobreviveu. Não é um texto mal escrito que nos fará menores.

Lembro ao energúmeno que o Palmeiras nasceu Palestra – mas que durante a segunda guerra, justamente às vésperas de um jogo com o time proprietário do estádio que ele nos quer empurra goela abaixo, e que sim nos queria aniquilado, não toda a torcida, mas a instituição proprietária – e teve que resistir para sobreviver.

Saiba o bufão, que não serão artigos provocadores que nos farão cair na esparrela de achar que somos menores do que somos. Sabemos de nosso tamanho. Jogar no Pacaembu, o estádio MUNICIPAL, não nos diminui. Foi lá que conquistamos grande parte de nossos maiores títulos.

O fanfarrão acha – de maneira açodada – que futebol é apenas arrecadação, mercado e business. Não, futebol é mais que isso. Futebol é paixão; futebol é história, coisa que com esse artigo provocador ele tenta – junto com a empresa que ele representa – macular.

Se o Palmeiras está certo ou não – eu acho que está – pela atitude tomada o tempo dirá. Aviso ao assessor de imprensa (formal ou informal) que não aceitamos, nunca o fizemos, que venham tentar nos dizer o que fazer com nossa história. Dela cuidamos nós mesmos.

Que o salafrário que assina esse artigo arda no fogo do inferno do futebol, pois hoje ele desrespeitou uma instituição e uma nação.

E não me venham falar em liberdade de expressão, pois o que lá está vomitado em letras é desrespeito. Que os torcedores do Palmeiras, vivos e mortos, tenham paciência e pena dessa alma penada.

Que saiba o projeto de ‘jornalista’ que aqui se vive a história, aqui se resiste, aqui é Palmeiras, aqui é Palestra!!!

Em tempo: o nome do infeliz é Luís Augusto Simon, o link, para quem tiver estômago para ler, é esse: ESPN

Fora Tirone – atualizado

05/04/2011

Eu já escrevi isso aqui sobre a divisão de cotas de TV. Disse, resumidamente, que a fórmula de divisão que estavam propondo criava uma elite baseada em dois clubes e que a competição que é, em última análise, a essência do futebol será comprometida. Uma maioria me entendeu, outros vieram defender o mérito econômico, o negócio, como sendo o principal valor a ser buscado.

Agora, aparentemente, não adianta mais. Como diz o dito popular: ‘a Inês é morta’. Venceu o mérito econômico, perdeu o futebol e a competição, pois os clubes romperam com o C13, boicotaram a licitação (a RedeTV foi a vencedora do certame) e negociaram individualmente com a Rede Globo.

O Palmeiras – a partir desse ponto abandono a defesa do coletivo, e já que preferiram as negociações individuais, também o faço – acaba de assinar contrato também com a Rede Globo de televisão.

Fora o fato dos torcedores terem sido, e continuarão a ser, desrespeitados mais uma vez, pois os horários do futebol estarão por mais quatro anos determinados pelas novelas e os BBB´s, o que me chama a atenção, no caso específico do Palmeiras, é que o presidente do Palmeiras aceitou passivamente que nosso clube fosse rebaixado de patamar, aceitou que recebamos menos que SCCP e Flamengo – as informações variam de 30% a 50%. Há ainda o fato do Palmeiras ter que ‘mendigar’ junto à Rede Globo para que esta fale o nome dos nossos patrocinadores (o nome da nova Arena, inclusive. O que causará, com certeza, perda de receita na hora de negociar com quem quiser nomear o estádio).

Há algumas informações sobre valores na imprensa. O Palmeiras diz que a diferença do que receberemos não é inferior a 5% do que receberão nossos rivais. Outras dão conta de que o patamar é muito maior, chegando a 50% (como eu já disse). Disso se infere que ou nosso presidente aceitou um péssimo contrato e está nos enganando (sócios do Palmeiras e torcedores) ou o presidente do SCCP está a enganar a sua torcida e não recebeu os 103 milhões (em alguns locais chegou-se a cogitar 130) que alardeia.

Pouco me importo com a vida alheia. O SCCP e seu presidente tem todo o direito de negociar e receber os valores que acham serem os justos para o seu clube. O que não aceito, e cobro uma posição do Conselho deliberativo do Palmeiras quanto a isso, é que nosso time receba um valor tão inferior aos pagos aos outros dois clubes (o Flamengo ainda não fechou contrato com a Rede Globo). Isso, os valores inferiores, se baseiam em quê? Lembremos que ao romper com o C13 o presidente do Palmeiras disse que não aceitaria, de forma alguma, receber menos que nenhum clube.

Receber 30% ou 50% a menos que outro clube significa, podem escrever isso, uma hegemonia desses clubes no futebol nacional; significa que eles poderão contratar jogadores de primeira linha, enquanto ficaremos com as sobras; significa que continuaremos com um clube endividado, enquanto nas bandas de lá sobrará dinheiro. A Espanha está ai para nos servir de exemplo.

Provavelmente só saberemos os reais valores que foram pagos pela Rede Globo quando da publicação dos balanços dos clubes (exercício de 2012 – primeiro ano da vigência dos contratos). Daí poderá ser tarde demais.

Cabe ao Conselho Deliberativo, a oposição pelo menos, fazer desde já barulho e tentar barrar esse contrato lesivo aos cofres do Palmeiras. Não sei se há alguma maneira estatutária de se fazer isso, mas há posições políticas que podem ser tomadas. O que não cabe nesse momento é omissão.

Muitos dirão que em contratos há cláusulas de confidencialidade. Eu sei que elas existem, e tenho certeza que há nesse caso, mas o Palmeiras é um clube associativo e os sócios, através de seu conselho ou da assembléia de sócios, tem que ser informados sobre decisões que afetam a vida associativa. Foi assim com Arena, tem que ser assim com o valor a ser recebido para a exploração da imagem do clube.

A torcida, o maior patrimônio do Palmeiras, exige isso. Eu, torcedor e sócio do clube, exijo isso.

Todos os dias farei minha parte, não me omitirei, continuarei aqui e onde me for dada voz, a lutar pelo Palmeiras. Podem me chamar de Quixote, mas não serei omisso.

Por fim, lembro que Mustafá nos rebaixou uma vez, desta feita TIRONE também nos rebaixa!

O que gostaria de saber é se estão levando por fora.

Fora Tirone!

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Atualização: Quando a patrulha vem de onde você menos espera é chegada a hora de parar… Obrigado a todos que acompanharam esse espaço desde sua criação, passando pela mudança de nomes e chegando até a data de hoje. Fiz vários amigos por conta desse espaço, alguns inimigos também. Mas, valeu a pena. Volto a ser apenas aquilo que sei fazer melhor, torcer. Deixo as opiniões para os ‘especialistas’.

F I M !

Cotas de televisão – Republicado

21/03/2011

Por conta desse evento aqui: Coisa de maluco resolvi republicar o que eu já havia escrito sobre o tema.

A negociação das cotas de TV – aqui no Brasil – já passou. Estão, os dirigentes daqui, querendo ‘espanholizar’ nosso futebol. Os da Espanha tentam modificar e devolver a emoção e a competição ao seu campeonato.

Os dirigentes daqui, os colonizados e vira-latas, tentam nos usurpar o futebol…

Cotas de televisão – Republicado

Quando ouvimos vozes se levantarem contra o chamado futebol moderno, nós – os torcedores de arquibancada – entendemos muito bem do que se trata. Aqueles que apenas dizem gostar de futebol, na maioria das vezes, nos acham fora da realidade, atrasados… Utópicos.

Porém, o mercado – esse novo parâmetro de medida – que a tudo e a todos engole, paulatinamente, vem substituindo a competição, a emoção, o amor, por seu novo e único paradigma; a saber: o lucro. O esporte do povo, aquele que segundo o professor Marcos Alvito, ‘vendeu sua alma’, por aqui também – através de seus dirigentes – quer golpear de morte a seus torcedores.

Quanto se avizinha o tão sonhado dia da negociação das cotas de televisão, que pode dar aos clubes de futebol (a razão da paixão de milhares de brasileiro) a sua independência em relação a uma emissora que detinha a exclusividade nas transmissões, os submetia a sua grade de programação, e justamente pela exclusividade (monopólio), a valores menores, os dois maiores clubes do Brasil – em número de torcedores – apontam para um racha e querem negociar a sua parte (cota) em separado.

Se por detrás desse ‘racha’ temos algo além da divisão das cotas de TV saberemos mais adiante, mas nesse momento, é sobre a divisão das cotas que tratarei.

Futebol é, antes de tudo, um jogo onde a competição tem que se fazer presente. Destruir a competição é golpear de morte o futebol. O que querem Corinthians e Flamengo é, com a negociação em separado, um ‘privilégio’ que irá, a médio e longo prazo, aniquilar com a rivalidade, e, por conseguinte, com o futebol.

Na Europa, local onde nossos dirigentes sempre olham como o paradigma do futebol moderno, isso já vem ocorrendo, e isso muito se deve à forma como o dinheiro das cotas de televisão são negociadas e repartidas.

Tomemos como exemplo o campeonato espanhol, onde os direitos de transmissão são negociados separadamente.

Na Espanha, nos últimos quinze (15) anos, Real Madri e Barcelona se revezaram e ganharam o título nacional em onze (11) oportunidades. Méritos? Só se for o econômico. Para se ter uma idéia a dupla abocanha de direitos de transmissão três vezes mais que o segundo colocado em arrecadação, o Valência (€120 milhões x € 44 milhões). O Atlético de Bilbao e o Sevilha recebem € 20 milhões cada.

Podemos afirmar que isso gera uma distorção que faz com que a competição tenha um vício de origem. Ou seja, o poder econômico transformou a ‘liga das estrelas’ em um campeonato de apenas um jogo: Real e Barcelona.

Na Itália, por conta dessa mesma distorção, que faz com que Juventus, Milan e Internazionale se revezem na conquista de títulos, o Ministério dos Esportes estabeleceu que as negociações não mais podem ser individuais e criou regras claras para a distribuição dessas cotas de televisão, buscando equacionar o problema da falta de competitividade que estava aniquilando com o futebol.

Mesmo nos EUA, que temos como ótimos administradores do ‘negócio’ esporte, as distorções também acontecem. Observemos uma interessante diferença entre a liga de beisebol (MLB) e a do futebol americano (NFL).

Na liga de futebol (NFL), o mais rico esporte do mundo, as cotas de televisão são divididas de forma equânime entre todos os times, ou seja, são negociadas coletivamente. Isso faz com que mesmo times pequenos, de cidades pequenas, sempre estejam disputando em pé de igualdade com times de grandes centros e ganhando títulos. Porém, o mesmo não acontece com a liga de beisebol (MLB), onde as negociações são individuais, ou seja, na base do ‘cada um por si’, e que a cada ano vemos os mesmos chegarem às fases finais (Yankees, Cardinals, Red Sox…).

Dito isso, exemplos postos, podemos afirmar sem medo de errar que a divisão (racha) dos clubes brasileiros, criando a possibilidade de que cada um negocie individualmente as suas cotas de televisão, levará o futebol no Brasil a se transformar em algo muito próximo ao que acontece na Espanha, onde dois ou três clubes, ao monopolizarem a maior parte dos recursos do dinheiro das cotas de televisão, monopolizam também o ‘direito’ de vencer as competições.

Flamengo e Corinthians, através de seus dirigentes, tem todo o direito de buscar aquilo que consideram justo e mais lucrativo para os seus clubes. Porém, ambos devem saber que não tem o direito de jogar a história de seus clubes na lata do lixo, e justamente por serem os mais populares do Brasil, desprezar aquilo em que se fiam – os seus torcedores, as suas chamadas nações – para golpear o amor e a fidelidade a esses dois clubes, que são em última medida, baseadas na rivalidade que se alimenta da competição.

Que saibam Andrés Sanches e Patrícia Amorim que ambos estão dando um tiro de morte no já combalido futebol brasileiro. Saibam que estão dando um tiro de morte em seus próprios clubes, pois eles somente são grande devido à rivalidade. Saibam que estão dando um tiro de morte em seus próprios torcedores, pois sem competição e sem rivalidade chegará o dia em que não basta construir o campo, chegará o dia que mesmo sendo chamados eles não virão.

Em tempo: Além do exposto há também a preferência dos torcedores, que nunca são consultados. Em meu caso, e acho que falo por muitos também, torço muito para que a(s) emissora(s) que ganhe(m) os direitos de transmissão pensem nos torcedores e não nos submeta a horários ‘pornográficos’ devido a grades de programação jurássicas, espero que não fiquemos a mercê do fim de aberrações (novelas e BBB´s) esperando o início do jogo, pois no dia seguinte temos que trabalhar para ganharmos o dinheiro para o próximo ingresso.

Fonte: Manufaturando Consentimento e Major League Baseball

A Lusa das Perdizes

31/05/2010

Há quem torça o nariz, inclusive me xingue, quando digo que essa diretoria está transformando o Palmeiras em time médio, uma autêntica Lusa das Perdizes.

Pois bem, a cada decisão da atual diretoria essa máxima se confirma, para minha tristeza, para o desespero daqueles que torcem o nariz quando digo isso, e para a alegria dos adversários.

Sábado me desloquei com alguns Palestrinos de alma e sangue verde até a Arena Barueri e assisti a mais um show de horrores. Sim, atualmente acompanhar o Palmeiras tem trazido momentos de puro desespero e terror. Se nossa defesa se mostra confiável, nosso meio campo (armação) e ataque é um amontoado de gente improdutiva, que não consegue um gol, um mísero gol, para nos dar um momento de ilusão. Mas, não para por aí. Puro desespero.

Na volta, ouvindo os programas esportivos, ficamos sabendo da nova e brilhante idéia de nossa iluminada diretoria. Confirmando a vocação para time médio nossa ilustre diretoria contratara, naquele dia, como gerente de futebol, nada mais nada menos que Candinho. Isso mesmo, o brilhante, visionário e atualíssimo Candinho foi anunciado sábado à noite como gerente de futebol do Palmeiras. Meu Deus, exclamação, deve ter dito Avallone ao saber da ‘boa nova’; agora vai, disse eu.

Mas, o festival de trapalhadas da atual diretoria não para por aí. Hoje, pouco antes de escrever esse texto, me deparo com uma nota (isso mesmo nota, pois o Palmeiras agora não gera mais matérias já que é time médio) de que a brilhante e excelente diretoria do Palmeiras não chegou a um acerto de salários com Candinho e esse não será mais o gerente de futebol do Verdão. Como diria Zagallo: Aí sim, fomos surpreendidos novamente!

Desse novo episódio patético de nossa diretoria concluo duas coisas: 1) a providência divina vem trabalhando a favor do Palmeiras; e, 2) somos sim a Lusa das Perdizes.

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Em tempo: Alex Muller, em seu twitter, dá como certa a volta do Gladiador Kleber. Em se confirmando a nota de Alex Muller, eu só acredito depois que Kleber fizer sua estréia, pois não acredito em nada que é feito por essa diretoria, será a primeira bola dentro dessa diretoria em anos. Mas, sobre isso escrevo depois.

Queremos o nosso Palmeiras de volta!

Renúncia coletiva!

Pobre Palmeiras, pobre torcedor Palmeirense

27/05/2010

Não fosse o fato de estarmos há anos – o que se chama de tabu – sem vencer naquele privadão na A Lôca, não fosse o fato daquele time covarde não ter vencido clássico algum há sete meses, nada me faria crer que o Verdão ontem venceria o “clássico” no Morumbi na boate A Lôca. Nada! Mas, eu acreditei. Fui enganado novamente. Mas, é que sou um crédulo, pois os fatos – todos eles – apontavam para mais uma derrota de nosso time. Vejamos.

Como esperar uma vitória de um time que insiste – e insiste, vale ressaltar – em perder pênaltis. Me parece que são apenas dois certos nos últimos nove cobrados?

Como esperar a vitória de uma equipe que tem um único armador no elenco – sim, único, pois Lincoln é meia/atacante – e ele vive se machucando, e quando isso acontece temos que ver o técnico – aquele que disse gostar de futebol ofensivo – colocar em seu lugar um volante que tem no passe errado a sua maior virtude? Quando entra um armador no time, para substituir o que se machucou, ele atende pelo nome de Ivo. Convenhamos que é muito pouco para crer em uma vitória mesmo contra o Grêmio Barueri.

Como esperar a vitória de uma equipe que não conta no elenco com nenhum centroavante de ofício? Conta sim, pois lá está o Paulo Henrique. O problema é que como ele nunca é utilizado parece que não contamos com esse ‘homem gol’. Se é para não usar porque veio?

Como esperar a vitória de uma equipe que por falta de planejamento lança mão de um garoto das categorias de base, que não tem nem dezessete anos ainda, como esperança de gols, esses que andam tão raros – exceção do último sábado – para o nosso lado ultimamente? Não que eu seja contra aproveitar garotos da base, pelo contrário, mas é que em momentos como o que vivemos – de seca de gols, de ruindade, de elenco fraco – não dou o direito da comissão técnica e da diretoria de ‘jogar o garoto às feras’ e queimar quem possa vir a ser um bom jogador no futuro. Eles não têm esse direito.

Como esperar a vitória de uma equipe que não tem um técnico em seu banco de reservas. Sim, não tem, pois com todo respeito ao Parraga, que pode ter lá suas qualidades, não é o Palmeiras uma “Santa Casa da Misericórdia”, onde interinos se firmarão, mesmo que aos cinqüenta e nove anos de idade, como treinadores que nunca foram. Não é o Palmeiras uma “instituição de caridade” onde treinadores estagiários ganharão experiência para se firmarem no ‘profissional’ mundo do futebol.

Como esperar a vitória de uma equipe que não tem uma diretoria. Aliás, equipe que tem um amontoado de diretores que mostram sua incompetência diuturnamente, que não se entendem e não entendem a grandeza da instituição que dirigem. Apenas pensam em galgar postos mais altos na hierarquia Palestrina. O problema é que daqui a pouco estes mesmo apequenaram tanto essa instituição que nem mesmo eles vão querer dirigir a “Lusa das Perdizes” em que vem transformando o Palmeiras.

Enfim, apenas nós – os torcedores – de novo presentes ontem, como sempre fazemos, naquele ambiente inóspito, de novo sob chuva, para acreditar em uma vitória. Creio até que muitos dos que lá estavam também não acreditavam na vitória, estavam lá por uma missão, aquele de que já tratei aqui, uma missão que foi nos passada por nossos antepassados, a missão de continuar a mística – que essa diretoria vem jogando na lata do lixo – do time dos “italianinhos”.

Por falar nisso, somente mais dois comentários.

O primeiro é o desencontro de informações vindos dessa diretoria. Cipullo descarta, Del Grande confirma, Beluzzo se cala. Felipão não vem; pode vir; quem é Felipão? Kléber não virá; vem; Kléber?

O segundo é sobre a bomba que explodiu no meio da torcida do Palmeiras e que nossa diretoria de ‘gentlemen’ disse não ser culpa ‘dos donos da casa’. Só para refrescar a memória de nossa dileta diretoria, desses signori que nos dirigem, vale lembrar que a pouco tempo atrás, no famoso caso do gás, ameaçaram nosso estádio de interdição, a polícia interveio, a imprensa nos condenou antecipadamente, os Leonores nos humilharam. Agora, nossos excelentes dirigentes, deixarão passar mais esse ato de hostilidade vindo do inimigo.

Estão ou não se rebaixando – e nos rebaixando? Mas, só para lembrar de novo, lá no interior, os italianos – não tão excelentes como os daqui, mas mais talhados em reconhecer quem lhes humilha, pois foram forjados nas lavouras de cafés, humilhados por esses mesmos que nos humilham aqui: os barões do café – sempre disseram, e educaram os seus (eu um deles), que quem muito se abaixa mostra os fundilhos!

Pobre Palmeiras!

Pobre torcedor Palmeirense!

Queremos jogador!

Queremos técnico!

Queremos uma diretoria que honre nossas tradições!

Devolvam o meu Palmeiras

18/05/2010

Sem comentários. E que Deus nos ajude!

Nau à deriva…

18/05/2010

Enquanto isso…

Onde está a diretoria, o presidente????

Sem comentários! E que Deus nos ajude.

Tudo como dantes…

07/05/2010

Segundo informações do Alex Muller, em seu blogue: KiGol, tudo continua igual no Palestra. O mesmo estagiário (técnico), o mesmo diretoria de futebol (a incompetência), o mesmo parceiro (Traffic) mandando e desmandando. Leiam a informação de Alex Muller:

FICOU TUDO COMO ESTAVA

A cúpula palmeirense se reuniu durante a noite desta quinta-feira com o intuito de buscar uma solução para a mais nova crise instalada no Palestra. Mas os palmeirenses terão que se conformar com o processo atual, pois tudo ficou como estava. A diretoria de futebol foi mantida e o técnico Antônio Carlos Zago também.

O marasmo não ficou por aí, e no caso Diego Souza, nada foi resolvido. O Palmeiras não quer tomar nenhuma atitude mais drástica, afinal o camisa 7 pertence a parceira Traffic e qualquer decisão radical desvalorizaria o jogador e estremeceria ainda mais a relação com os investidores. Uma proposta oficial do Qatar chegou ontem, no final da tarde. € 4 milhões foi a oferta do Al Rayyan, mas prontamente negada.

Se serve como consolo, o Palmeiras deve acertar a contratação do lateral  esquerdo Carlinhos, de 23 anos, revelado pelo Santos, com passagem pela seleção brasileira e que disputou o último Paulistão pelo Santo André. Confirmada mesmo é a estreia do lateral direito Vitor, ex-Gioás, que após dois meses sem jogar, vestirá pela primeira vez a camisa do Palmeiras, na abertura do Campeonato Brasileiro, neste sábado, 18h30, no Palestra Itália.

Só nos resta dizer:

CLIQUE NO LINK E DEPOIS APERTE O BOTÃO

Desabafos

07/05/2010

Ontem, um dia após mais um episódio que mostra que estamos trilhando um caminho sustentável (já que é a palavra da moda) rumo a nos transformarmos na Lusa das Perdizes, fruto de uma diretoria fraca e composta de Homens que não representam a grandeza daqueles que nos fundaram, vários Palestrinos fizeram seus desabafos em suas páginas pessoais. Alguns exaltados, outros apontando suas saídas para o atual estado de coisas, mas todos – sem exceção – mostrando seu descontentamento.

Eu, por aqui, pedi uma renúncia coletiva – um harakiri – que inclusive ganhou as hastags do twitter: #renunciacoletiva.

O vexame foi tão grande, e a dor diretamente proporcional, que ainda hoje a eliminação (gota d’água) para o CAG continua a repercutir.

Vejamos o que outros Palestrinos escreveram em seus desabafos após mais esse vexame:

Palmeiras… Sem comando, sem alma, sem paz…Blog da Clorofila

O dia depois de amanhãCruz de Savóia

O Palmeiras acabou. A Traffic informaCruz de Savóia

Bando de FDP, mercenários e sem caráterDal 1914 Palestra Per Semper

Crônica De Uma Morte AnunciadaExpatriated.

Não vai sobrar nadaForza Palestra, futebol com alma.

O dia que o Palmeiras se apequenouOstentando a sua fibra

Como ganhar inimigos ou DesmistificandoPalestra Imortal

Quem você foi na vida passada? – Scoppia Che la Vittoria è Nostra

Juntando os cacos3VV, Terceira Via Verdão

O buraco é mais embaixoVerdazzo

Mais uma vez…Verdedosverdes

E hoje, mais de 24 horas após o fiasco, estamos ainda aguardando atitudes da diretoria para nos recolocar no rumo da grandeza. Mas, como sempre acontece no Palmeiras as coisas são lentas, pois a ganância, o privado e a covardia daqueles que nos dirigem são a tônica das mudanças.

O problema é que além da lentidão, as mudanças – à La Pink e Cérebro – sempre envolvem planos mirabolantes que nos prometem a dominação do mundo, mas que como resultado sempre nos diminuem; esses ‘planos mirabolantes’ nos diminuem não só frente aos grandes, mas nos rebaixam e nos aproximam, diuturnamente, aos minúsculos. E assim, dia-a-dia, nos transformamos na Lusa das Perdizes, e tomara que seja na Lusa e não no Juventus, no América/RJ, no Sport…

Pobre Palmeiras, pobre torcedor Palmeirense!

Renúncia coletiva, já!